A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 87,6 pontos em novembro de 2018, registrando alta de 1,1% em relação ao mês passado.
O levantamento mostra que o ICF foi puxado pelo crescimento dos componentes Perspectivas de Consumo (+3,4%), Compras a Prazo (+1,2%), Perspectiva Profissional (+1,0%) e Nível de Consumo Atual (+2,5%). Para a Confederação, o aumento deste último indicador pode estar relacionado às expectativas de acréscimo da renda com o recebimento do PIS, pagamento do 13º, estabilidade de preços, recuperação da economia e compras para o Natal.
Na comparação com novembro de 2017, o índice aumentou 9,2%, com destaque para as percepções quanto ao Nível de Consumo Atual (+23,9%) e à Perspectiva de Consumo (+12,2%). “Em relação a novembro de 2017, as famílias se mostram mais satisfeitas. Ano passado predominava o número das que achavam que o nível de consumo seria menor (58,3%), e agora observamos que esse percentual caiu para 49,3%. Além disso, aumentou em 4,4 pontos percentuais o número de famílias (18,8%) que consideram que o nível de consumo vai crescer”, pontua Antonio Everton, economista da Confederação.
No entanto, a CNC destaca que a última vez que o ICF ficou acima dos 100 pontos, nível considerado de satisfação, foi em abril de 2015 (102,9 pontos). “São 42 meses abaixo desta linha, o que demonstra que ainda perdura uma insatisfação das famílias em geral com relação ao padrão de gastos”, pondera o economista. Dos sete subíndices do ICF, Emprego Atual (113,1), Perspectiva Profissional (101,9) e Renda Atual (103,0) são os únicos acima de 100 pontos.
Perspectivas para 2018 e 2019
A Confederação observa que a conjuntura econômica tem-se revelado mais favorável do que no ano passado. Neste ano, o PIB deverá crescer 1,5%, enquanto em 2017 aumentou 1,0%. Para 2019 espera-se taxa maior, de +2,5%. Em linha, o mercado de trabalho está se recuperando: até setembro a economia gerou 719 mil postos de trabalho, cerca de 510 mil a mais do que em 2017. Essa movimentação deverá continuar nos próximos meses, influenciando positivamente o ICF.
Nesse ambiente, a CNC revisou mais uma vez para cima a previsão de vendas do varejo em 2018 para 4,5%, estimando também em 5,2% as vendas para 2019. Diante de um cenário mais favorável, espera-se que as intenções de consumo continuem crescendo nos próximos meses, de maneira a refletir as expectativas do comportamento esperado para a economia.
Fonte: CNC Notícias