O percentual de famílias brasileiras que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 63,2% em novembro de 2013, avançando em relação aos 62,1% observados em outubro, como também em relação aos 59,0% de novembro de 2012. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apesar da elevação do percentual de famílias endividadas, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso recuou na comparação mensal, passando de 21,6% para 21,2% do total. Entretanto, houve alta do percentual de famílias inadimplentes em relação a novembro de 2012, quando esse indicador alcançava 21,0% do total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou redução nas comparações mensal e anual, alcançando 6,6% em novembro de 2013, ante 7,3% em outubro de 2013 e 6,8% em novembro de 2012. Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, mesmo com a alta do endividamento, os indicadores de inadimplência diminuíram em novembro. “O efeito sazonal dos ganhos com o décimo terceiro salário pode ter influenciado esse resultado. Houve também melhora na percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagar seus débitos em atraso. Na comparação anual, a melhora no perfil de endividamento tem proporcionado alta apenas discreta nos indicadores de inadimplência, apesar do maior nível de endividamento observado neste ano”, aponta Marianne.
Ascom/CNC