FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO AMAPÁ

ARTIGO DO PRESIDENTE

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O país está se recuperando de uma grave crise que se intensificou em 2016, culminando em uma onda de desemprego e por consequência, problemas sociais, por todo o Brasil. O cenário atual da oferta de emprego ainda é considerado crítico, pois enfrenta altos e baixos. Porém, sua tendência de crescimento é positiva em comparação à 2016.

O mercado de trabalho mostrou crescimento leve com 129.601 mil vagas de emprego com carteira assinada em abril de 2019 e, cerca de 60% dessas vagas, são destinadas ao comércio. A quantidade de vagas ofertadas ainda é pequena comparada a alta demanda de desempregados, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE são 5,2 milhões de desempregados que procuram emprego há mais de 1 ano no país.

O cenário pós-crise representa um caminho em que as empresas fazem diagnósticos para ter prudência nos investimentos, pois a segurança em investir ainda está se reestabelecendo aos poucos. A taxa de desemprego está ligada às movimentações da economia brasileira, a qual está carente de investimentos. Hoje, diversos fatores contribuem para isso, como a Reforma da Previdência, por exemplo. Sem a sua aprovação não haverá diminuição da dívida pública, que alcançou um déficit de R$ 195,2 bilhões no ano de 2018, e com isso as empresas não se sentem seguras para fazer investimentos.

A partir desse diagnóstico, o mercado de trabalho se renovou e trouxe modelos inovadores exigindo ainda mais qualificação de quem procura emprego. Esse novo comportamento, requer colaboradores multifuncionais e grande parte do número de desempregados sofre com a falta dessa qualificação exigida. Fatores como a falta de comprometimento do colaborador e baixa qualificação, freiam as ofertadas de emprego. Atualmente, segundo o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio do Estado do Amapá- IPDC, há cerca de 3 mil vagas disponíveis no comércio do Amapá que não são preenchidas por causa da falta de pessoas qualificadas e comprometidas com o trabalho.

Os empresários, nesse novo cenário, exigem colaboradores qualificados, proativos e motivados a contribuir para o crescimento da empresa que está se reestruturando e se renovando por conta da alta competitividade. Além disso, é importante ressaltar que essas empresas também ofertem a qualificação continuada dos profissionais contratados, assim poderão manter a qualidade e dedicação dos que fazem parte da equipe.

Por fim, penso que a demanda de currículos é alta, mas nem todos preenchem os requisitos básicos: a multifuncionalidade e qualificação. A oferta de empregos caminha a passos lentos, mas passos positivos rumo ao progresso do comércio e do país.

 

Por Eliezir Viterbino – Presidente do Sistema Fecomércio AP Sesc/Senac/IPDC 

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