A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) coletou as intenções de consumo de aproximadamente 18 mil brasileiros em todas as capitais e respectivas regiões metropolitanas do País durante o mês de maio, para detectar a intenção de consumo das famílias brasileiras em relação à Copa do Mundo. Os gastos relacionados ao mundial envolvem o consumo de bens, serviços de lazer, meios de hospedagem e de transporte. A amostra do levantamento feito pela Confederação representa 39,1% da estimativa populacional de 2013.
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A pesquisa apresenta cortes em relação à renda familiar (até dez salários mínimos e acima de dez salários mínimos), além de agregações dos centros urbanos segundo regiões geográficas e cidades-sede dos jogos x não sede. Os resultados gerais revelam que as famílias de renda mais alta estão predominantemente mais predispostas a gastar em bens e serviços do que as demais, na maioria dos itens pesquisados.
No corte regional, o Norte lidera as intenções de gastos relacionados ao Mundial, em catorze dos vinte itens pesquisados. Naquela região, a renda dos trabalhadores formais tem evoluído mais favoravelmente do que a média nacional. Já o corte que confronta as cidades-sede e as demais, apresenta distribuições mais equilibradas nas intenções de gastos, com ligeiro destaque para as cidades que não irão receber jogos da Copa do Mundo.
Destacam-se as intenções mais elevadas de gastos com alimentação fora do domicílio por parte das famílias do estrato de renda mais elevado, bem como maior propensão a gastos com transporte aéreo e em veículos particulares. Finalmente, a questão que avalia os meios de hospedagem aponta que dentre aqueles dispostos a viajar durante o Mundial, a hospedagem em casas de familiares será a principal opção de alojamento, especialmente entre os consumidores com renda familiar de até dez salários mínimos.
Principais resultados:
– Metade dos brasileiros não pretende fazer compras em decorrência do evento e mais de 50% não gastará a mais com lazer;
– Perguntados sobre quais produtos pretendiam comprar em decorrência da Copa, 49,9% dos entrevistados respondeu “nenhum”. No recorte do Sudeste, este percentual sobe para 64,4% e nas cidades-sede, aumenta para 52,8%. Já no Norte do País, 37% têm intenção de gastar com alimentos e 31,2% na compra de televisores. O Nordeste apresenta o maior percentual de intenção de gastos com vestuário, com 20,3%.
– Outras duas perguntas apontam claramente que os brasileiros vão passar a Copa em casa. 54,1% dos entrevistados afirmam que não irão gastar a mais com lazer e 53,4% responderam que os gastos com alimentação serão feitos dentro do domicílio. 24,2% pretendem gastar com bares e restaurantes – percentual que tem maior adesão no Sul, com 34,8%. A região que mais ficará fora de casa é a Norte, com 8,6% gastando na aquisição de ingressos, 12,5% visitando pontos turísticos, 12,1% participando de atividades culturais e 26,6% em bares e restaurantes. Já no Sudeste, 61,8% dos entrevistados não farão gastos com lazer.
– Mais uma dado que revela a intenção dos brasileiros de ficar em casa é que 74,4% dos entrevistados declararam que não vão viajar. Este percentual cai um pouco entre consumidores com renda acima de dez salários mínimos, para 68,8% e, destes, 16,4% vão viajar de avião. Para os que pretendem sair de suas cidades, a casa de parentes é o principal destino, com 15,5%.
Ascom/CNC